segunda-feira, 30 de abril de 2007

Estás?

Preciso sentir que estás aí. Que me vês, que me tocas com todos os teus sentidos ainda que eu nada sinta. Que te faço bem como me fazes a mim. Que me desejas. Que me queres pra ti. Que eu sou apenas um ser humano no mundo com o dom de te fazer sentir vivo. Que me abraças nos teus sonhos e desejas acariciar-me na tua realidade. Que não tens pressa de viver se sentires que eu estou e sempre estive ao teu lado. Que desejas parar todos os relógios quando estamos juntos para que as obrigações do dia-a-dia não passem de migalhas ao pé de um prato recheado. Que as estrelas ficam mais brilhantes quando pensas em mim. Que o teu primeiro sorriso do dia é meu e o teu último pensamento é para mim.
Preciso sentir que estás aí...
Estás?

quinta-feira, 26 de abril de 2007

Estou...

Orgulhosa de mim!
:)

segunda-feira, 23 de abril de 2007

Inevitavelmente...

sábado, 21 de abril de 2007

O Meu Castelo

Um dia imaginei um castelo. Um castelo bonito e resistente, todo feito de pedras. Umas maiores, outras mais pequenas e ainda algumas que teimavam em não se encaixar nele na perfeição.
Na minha imaginação apelidei esse castelo de meu e fiz questão de levar pra dentro dele todos os principes e princesas da minha vida, para que todos juntos pudessemos inaugurar aquele espaço que, apesar de ser pisado pela primeira vez, já tantos passos tinha para contar.
Lá dentro, gritei ao céu que o meu castelo ninguém ía conseguir destruír. Não por ser meu, não por ser bonito, não por ser um castelo, mas por ter sido construído com bases sólidas que jamais alguém iria deitar abaixo.
Um dia imaginei assim o meu castelo.
Na realidade não tenho ainda esse castelo, ainda há muito para ser construído, mas eu sinto que as pedrinhas estão a tornar isso possível a cada dia que passa e isso é o essencial para que eu possa imaginar aquele castelo bonito e resistente que um dia vai ser chamado de meu.
O meu Castelo.

segunda-feira, 16 de abril de 2007

Sala de Espera - Tema 2

adopção de crianças por parte de casais homossexuais



A homossexualidade é um tema que ainda suscita muitas dúvidas e muitos tabus na maioria das pessoas. Alguns dirão que se trata de algo "fora do normal", outros que se trata de uma escolha sexual de cada indivíduo e ainda há aqueles que não têm opinião formada sobre o assunto.

Para mim, a homossexualidade não se trata de uma escolha ou opção sexual, nem tão pouco de algo "fora do normal", mas sim de um conjunto de influências (ambientais, sociais, psicológicas, etc) que o indivíduo vai recebendo e guardando em si, que vão servir de base para a forma como vai desenvolver a sua vida futura. Quando falo em vida futura, obviamente não me limito apenas ao factor sexual mas a todos os factores que constituem a sua realidade, o seu Eu, que o distingue dos outros indivíduos.
Confesso que tenho algumas dúvidas sobre o tema - adopção de crianças por parte de casais homossexuais - estando um pouco dividida.
Por um lado é absolutamente compreensível que os homossexuais queiram ter os mesmos direitos que os heterossexuais e o facto da sociedade não permitir que eles adoptem crianças faz com que se sintam muitas vezes excluídos da mesma sociedade e tendo em conta que existem tantas crianças a precisar de um lar, de carinho, de afecto, de uns pais, é bastante cruel, tanto para essas crianças como para os homossexuais, que não seja permitida a adopção.
As pessoas não são piores por terem uma opção sexual diferente. Não deixam de sentir amor e carinho pelos outros. Não deixam de querer ter uma vida, filhos para amarem e para dar os seus afectos.
Estamos no século XXI e é completamente inacreditável que ainda existam mentalidades preconceituosas que excluam as pessoas só porque são diferentes da maioria. O pior é que é inacreditável, mas todos sabemos que isso existe... Infelizmente. Mas também vos digo que cabe a cada um de nós mudar esta realidade.
Por outro lado, sempre que penso sobre isto, vem-me uma pergunta fulcral que não podemos deixar passar em branco, que é a seguinte: Será que as crianças adoptadas não irão sofrer com o preconceito das pessoas retrógadas da sociedade?
As bocas, as piadinhas, o gozo constante sobre a homossexualidade, os risinhos e uma data de aspectos negativos pelo qual iriam ter de passar quando os outros tivessem conhecimento de que a criança era adoptada por pais homossexuais. É que, não podemos esquecer, que, infelizmente... vivemos numa sociedade que está mais virada para aquilo que foi, do que para aquilo que será.
A repercursão que esses preconceitos iam gerar na cabeçinha de crianças em fase de crescimento e períodos críticos seria bastante negativa para elas e obviamente para os pais que iriam sentir-se culpados pelo facto.

Digamos que este tema é bastante complexo e exige forte reflexão para se conseguir ter uma opinião que englobe a felicidade dos dois lados: casais homossexuais e crianças adoptadas por eles.




Opinião do Tigui Aqui!

domingo, 15 de abril de 2007

Um Dia Aprendes

Depois de algum tempo aprendes a diferença, a subtil diferença, entre dar a mão e acorrentar uma alma. E aprendes que amar não significa apoiares-te, e que companhia nem sempre significa segurança. E começas a aprender que beijos não são contratos e presentes não são promessas. E começas aceitar as tuas derrotas com a cabeça erguida e os olhos adiante, com a graça de uma criança e não com tristeza de um adulto.

E aprendes a construír todas as tuas estradas no hoje, porque o terreno de amanhã é incerto demais para os planos, e o futuro tem o costume de cair ao meio em vão. Depois de um tempo aprendes que o sol queima se ficares exposto por muito tempo. E aprendes que não importa o quanto te importes, algumas pessoas simplesmente não se importam... E aceitas que não importa quão boa seja uma pessoa, ela vai magoar-te de vez em quando e tu tens de perdoá-la por isso.

Aprendes que falar pode aliviar as dores emocionais. Descobres que se leva anos para se construir confiança e apenas segundos para destruí-la e que tu podes fazer coisas num instante, das quais te arrependerás para o resto da vida. Aprendes que verdadeiras amizades continuam a crescer mesmo em longas distâncias. E que o que importa não é o que tens na vida, mas quem tens na vida. E que bons amigos são a familia que nos permitiram escolher. Aprendes que não temos de mudar os amigos se compreendermos que os amigos mudam, percebes que o teu amigo e tu podem fazer qualquer coisa, ou nada, e terem bons momentos juntos.

Descobres que as pessoas com quem mais te importas na vida são tomadas de ti muito depressa, por isso, sempre devemos deixar as pessoas que amamos com palavras amorosas, pode ser a última vez que as vemos. Aprendes que as circunstâncias e os ambientes têm influência sobre nós, mas nós somos responsáveis por nós próprios. Começas a aprender que não te deves comparar com os outros, mas com o melhor que tu mesmo podes ser. Descobres que levas muito tempo a tornares-te na pessoa que queres e que o tempo é curto. Aprendes que não importa onde chegaste, mas onde vais chegar. Aprendes que, ou tu controlas os teus actos ou eles te controlarão, e que ser flexível não significa ser fraco ou não ter personalidade, pois não importa quão delicada e frágil seja uma situação, sempre existem dois lados.

Aprendes que heróis são aqueles que fizeram o que era necessário fazer, enfrentando as consequências. Aprendes que paciência requer muita práctica. Descobres que algumas vezes a pessoa que esperas que te pise quando cais é uma das poucas que te ajuda a levantar. Aprendes que a maturidade tem mais a ver com os tipos de experiência que tiveste e o que aprendeste com elas do que quantos aniversários celebraste.

Aprendes que há mais dos teus pais em ti do que suponhas. Aprendes que nunca se deve dizer a uma criança que sonhos são tolices, poucas coisas são tão humilhantes e seria uma tragédia se ela acreditasse nisso. Aprendes que quando estás com raiva tens o direito de estar com raiva, mas isso não te dá o direito de seres cruel.

Descobres que só porque alguém não te ama da maneira que queres que te ame, não significa que esse alguém não te ame, pois existem pessoas que nos amam, mas não sabem como o demostrar.

Aprendes que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém, algumas vezes tens que aprender a perdoar-te a ti mesmo. Aprendes que, com a mesma severidade com que julgas, serás em algum momento condenado. Aprendes que não importa em quantos pedaços o teu coração foi partido, o mundo não pára para que o concertes. Aprendes que o tempo não é algo que possa voltar para trás. Portanto, planta o teu jardim e decora a tua alma, em vez de esperares que alguém te traga flores.

E aprendes que realmente podes suportar... que realmente és forte, e que podes ir muito mais longe depois de pensares que não podes mais. E que realmente a vida tem valor e que tu tens valor diante da vida! As nossas dúvidas são traídoras e fazem-nos perder o bem que poderíamos conquistar se não fosse o medo de tentar.


William Shakespeare



Simplesmente o melhor texto que já li até hoje.

quarta-feira, 11 de abril de 2007

HELLO?!

"Qual é o nome do Presidente da República?"
(depois de um tempo a pensar...) : "Sócrates?..."

In "A Bela e o Mestre"





Alguém viu?
Eu vi, mas foi tão deprimente que mudei logo de canal.
Como é possível alguém, que não esteja totalmente isolado do mundo, não saber quem é o Presidente da República?!
Expliquem-me, porque isto transcendeu-me!

segunda-feira, 9 de abril de 2007

Sala de Espera - I

Amor à Primeira Vista - Ficção ou Realidade?

É sempre difícil para mim falar de sentimentos porque tenho a sensação de que nunca digo tudo aquilo que sinto, que fica sempre algo por dizer ou algo que foi dito e que não foi suficientemente bem explicado.
Quando falo de Amor a dificuldade é ainda maior, visto ser um sentimento que engloba tantos outros. Mas também há que reconhecer que é impossível descrever em palavras muito daquilo que o Amor nos transmite. Há sempre certas coisas que guardaremos só em nós, por serem demasiado complicadas de exprimir.
Em relação ao tema - Amor á Primeira Vista - Ficção ou Realidade? - há muito para dizer. Eu já acreditei em Amor á Primeira Vista, penso que todos nós já acreditámos em algum momento da nossa vida, mas há medida que vamos crescendo e experienciando, vamos adquirindo conhecimento e maturidade com essas mesmas experiências e as minhas disseram-me que isso não existe, que o que eu senti pode ter vários nomes - paixão, atracção, empatia - mas nunca Amor. Amor foi o que eu senti uns anos mais tarde quando deixei esse suposto "amor á primeira vista". Aí sim o verdadeiro Amor surgiu e aí eu pude comprovar que ainda não tinha sentido Amor antes.
Para amar alguém não basta ver, não basta estar um momento, não basta apenas um toque... para amar alguém realmente tem de se construír um sentimento verdadeiro, com bases... sólidas ou não o tempo dirá, mas tem de ter bases e essas bases não se constroem com uma "primeira vista".
O Amor é um sentimento que tem de ser alimentado, pouco a pouco, se não acaba por morrer, tal como as flores, como os animais e como nós seres humanos.
Se sentíssemos Amor apenas com uma troca de olhares certamente que o Amor não era assim tão grandioso como é pois tornava-se banal. Custa-me imenso dizer isto, mas penso que já se está a tornar um pouco assim... Cada vez mais se ama por conveniência, porque "dá jeito" e não por sentimentos puros. Mas isso dava pano para mangas em outro texto, provavelmente.
As séries, telenovelas e outros programas televisivos abordam bastante o tal amor á primeira vista, com amores avassaladores em que basta um primeiro contacto, um olhar, uma expressão para se ficar completamente apaixonado. Para mim isso não passa de ficção.
Concluindo digo apenas que na minha realidade não existe Amor á Primeira Vista, o que existe é Paixão á Primeira Vista que pode evoluír, ou não, para um grande Amor, porque Amor no verdadeiro sentido da palavra é muito mais do que uma primeira vista.


Outro ponto de vista em: O Avesso dos Ponteiros

* In Loving Memory *

Ultimamente tenho pensado muito em ti. Não sei se por estar a passar por uma fase mais difícil, se por simplesmente sentir cada vez mais a tua falta.

O que dirias a tudo isto?
Que conselhos darias?
Ias animar a todos com as tuas gargalhadas e o teu sorriso lindo... Esse no qual penso tantas e tantas vezes. Eu sei perfeitamente que conselhos darias... Sei o que ias pensar, sentir e sei que ias confortar-nos a todos... Como sempre fazias.
Tenho saudades. Saudades de te ver, de conseguir olhar para ti e sorrir, dos desenhos que as duas fazíamos, das noitadas a ver televisão, das idas á praia, dos picnic's na relva ao pé de casa, nas saídas á noite para o banquinho cinzento socializar com os vizinhos...
Saudades... Saudades de tudo o que vivemos, mas essencialmente daquilo que não chegámos a viver. Saudades da vida toda que tinhas e que fui vendo ir-se embora, aos poucos, sem nada puder fazer. Saudades do brilho dos teus olhos. Saudades das gargalhas, sem motivo aparente. Saudades das histórias ao almoço. Saudades da nossa história juntas, que foi tão pequena e ainda assim tão cheia de significado. Saudades do que foste e ainda és.
Onde quer que estejas sei que estás bem porque sinto e isso basta-me. Sei que aquele sofrimento todo pelo qual tiveste de passar antes de tudo terminar, acabou. Finalmente acabou. Sei que agora, estás em paz e feliz, como mereces, como sempre mereceste... Uma vida cheia de felicidade que infelizmente não conseguiste alcançar, mas que sempre enfrentaste com essa boa disposição que eu tanto gostava...

Quando me olho ao espelho, vejo-te. Vejo os teus olhos. Não vejo a tua força interior, não vejo aquela garra enorme para agarrar a vida, mas luto imenso para encontrá-la, porque sei que em alguma parte de mim ela resiste.
E mais importante que tudo... sei que estiveste, estás e sempre estarás do nosso lado.

Obrigada Avó.

quinta-feira, 5 de abril de 2007

Medo De Amar

É grande, mas vale a pena ler.


Um cientista coloca um ratinho numa gaiola. No início, ele passeia de um lado para outro, movido pela curiosidade. Quando sentir fome, irá na direcção do alimento. Ao tocar no prato, no qual o pesquisador instalou um circuito eléctrico, o ratinho apanha um choque forte, tão forte que, se não desistir de lhe tocar, poderá até morrer. Depois do choque, o ratinho correrá na direcção oposta ao prato. Se pudéssemos perguntar-lhe se tem fome, provavelmente responderia que não, porque a dor provocada pelo choque faz com que despreze o alimento. Depois de algum tempo, porem, o ratinho entrara em contacto com a dupla possibilidade da morte: a morte pelo choque ou pela fome. Quando a fome se tornar insuportavel, o ratinho, vagarosamente, irá de novo em direcção ao prato. Nesse meio tempo, no entanto, o pesquisador desligou o circuito e o prato não está mais electrificado. Porém, ao chegar quase a tocá-lo, o medo ficou tao grande que o ratinho terá a sensacção de que apanhou um segundo choque. Haverá taquicardia, os pelos eriçar-se-ão e ele correrá novamente em direcção oposta ao prato.

Se lhe perguntassemos o que aconteceu, a resposta seria:
"Levei outro choque".
Esqueceram-se de avisa-lo que a energia electrica estava desligada! A partir desse momento, o ratinho entra numa tensão muito grande. O seu objectivo, agora, é encontrar uma posição intermediaria entre o ponto da fome e o do alimento que lhe de uma certa tranquilidade. Qualquer estímulo súbito, diferente, que ocorrer por perto, como barulho, luminosidade ou algo que mude o ambiente, levará o ratinho a uma reacção de fuga em direcção ao lado oposto do prato. É importante observar que ele nunca corre em direcção á comida, que é o que ele realmente precisa para sobreviver.
Se o pesquisador empurrar o rato em direcção ao prato, ele poderá morrer em consequência de uma paragem cardíaca, motivada pelo excesso de adrenalina, causado pelo medo de que o choque primitivo se repita.

É provavel que estejas a perguntar:
"Muito bem, mas o que isso tem a ver com o medo de amar?"
Tem tudo a ver. Muitas vezes, vemos pessoas tomando choques sem sequer tocar no prato.
Quantas vezes, esta semana, tiveste vontade de convidar alguém para sair, para conversar, para ir a praia ou ao cinema, e não o fizeste, temendo que a pessoa pudesse não ter tempo ou não gostasse da tua companhia e, deste modo, acabaste por te sentir rejeitado sem ao menos teres tentado?
Quantas vezes te apaixonaste sem que o outro jamais soubesse do teu amor?
Quantas vezes abandonaste alguém, com medo de ser abandonado antes?
Quantas vezes sofreste sozinho, com medo de pedir ajuda e ficar "dependente" de alguem?
Quantas vezes ja te afastaste de um grande amor, com medo de te comprometeres?
Quantas vezes n te entregaste ao amor por medo de perder o controle da tua "liberdade"?
Quantas vezes deixaste de viver um grande amor com medo de sofrer de novo...?

Quantas vezes apanhaste um choque sem tocar no prato?

terça-feira, 3 de abril de 2007

A Piece Of Nothing

I don't know almost nothing about you... but I feel you so much, as if you were an angel that fell of the sky just to make me smile, again.
I know that my dreams are destrutives and I can't forget the real life, but when I see your smile, and I fell your presence, your feelings, your words, your eyes... everything changes.
For me this is a feeling that's goes growing in my heart...
For you... just a piece of nothing.

A minha nova paixão...




Disenchanted
My Chemical Romance

Brevemente...

SALA DE ESPERA
Um projecto deste blog juntamente com o blog Avesso dos Ponteiros.

Constitui-se como uma espécie de "debate de opiniões" em que, duas pessoas, neste caso eu e o Tigui, redigem textos expressando as suas opiniões em relação a variadíssimos temas.
Para escolher os temas contaremos com a ajuda fulcral da Joana, que nos vai dando ideias de temas engraçados para discussão.
Vai ser algo engraçado entre duas pessoas que adoram escrever: Eu e o Tigui. Mas, essencialmente, vai ser interessante pelas opiniões serem diferentes em relação a certos temas e aspectos desenvolvidos pois é essencial existirem diferentes pontos de vista. Nem todos temos de ter as mesmas opiniões sobre as coisas, cada ser é único.

BREVEMENTE...
Em dois blogs perto de si!!