sexta-feira, 3 de agosto de 2007

|Desabafos...|

Não sou perfeita, sou humana. Erro muito com as pessoas e deixo, muitas vezes, que elas errem comigo. Deixo-me guiar pelo orgão mais ingénuo e crente que temos: o coração.
A cabeça diz-me, várias vezes, para parar mas eu ignoro-a... Não sei porque sempre tive esta mania absurda de pensar que o coração me faz sempre mais feliz. Não... não faz. O coração machuca, faz ferida, faz-me ir ao céu em um segundo e bater com a cabeça no chão logo no segundo a seguir.
Nem o medo e a insegurança o fazem parar de bater tão acelerado...
Apesar de pôr a culpa nos outros, a culpa é unicamente minha. Em 21 anos de existência ainda não consigo racionalizar emoções e pará-las a tempo. Depois de tantas quedas, já era tempo de começar a abrir os olhinhos e pensar que a vida não é o que eu queria que ela fosse e que nem sempre os sonhos são para ser levados a sério. Ás vezes, a maioria, não passam disso mesmo... Sonhos. A realidade é dura e o coração tem de aprender que ao entregar-se ás emoções que sente pode entrar num labirinto de onde nunca mais consiga sair.
Podia ser como a maioria das raparigas... Confesso até que, nos momentos mais estúpidos e em que me sinto mais magoada com a vida e com as pessoas, tenho inveja delas. Elas que não se prendem a ninguém, que vivem para o momento presente e conseguem racionalizar os sentimentos. Com toda a sinceridade acredito que era capaz de viver mais a vida, de chegar ao final e pensar que fui "bué rebelde" e experimentei coisas altamente. Ser fria e não me ligar ás pessoas pelo coração mas sim pelo que elas me podem trazer de bom. Ver cada ser humano com um preço, do género dos produtos que vemos á venda nos supermercados. Talvez numa próxima encarnação consigam fazer-me desse modo... talvez consigam fazer com que as emoções não tenham o valor da razão, mas nesta já não há nada a fazer. É defeito de fabrico. A primeira razão é porque não quero mudar a minha postura, apesar de sofrer. Gosto de mim. Gosto de conseguir olhar para as pessoas e ver nelas qualquer coisa de bom, ainda que mais tarde venha a constatar que o bom que eu via era em mim e não nelas. Posso andar uma vida inteira a enganar-me com as pessoas que continuarei a gostar de mim e a ser eu mesma.
Ás vezes não me protejo como devia. Simplesmente deixo-me ir... e nessas alturas não é a cabeça que me guia, são os sentimentos e mais uma vez quando dou por mim estou na merda.
É difícil esta cena de viver quando pensamos todos tão diferentes uns dos outros. Difícil deixar de pensar no que os outros pensam para além do que eu penso. Difícil ter de agir em conformidade com a minha segurança. Difícil por-me em standby quando quero correr com o tempo. Difícil, mas não impossível.
Quem me conhece bem sabe como eu sou, como funciono. Quem ainda não teve oportunidade de me conhecer assim tão bem é apenas uma questão de tempo. Acredito que não são as palavras que dão as pessoas a conhecer, são as atitudes aliadas ao tempo.

2 comentários:

Anónimo disse...

A beleza das pessoas está nas suas diferenças e muitas vezes quando pensamos, e se fosse como A ou B, nem imaginamos que elas poderão estar a pensar exactamente o mesmo em relação a nós. Continua a gostar de ti como és porque isso demonstra que apesar de todas as contrariedades, tu sabes cuidar de ti e tens a noção que és especial. Todos nós somos especiais porque somos únicos e isso é maravilhoso.
Faço parte das pessoas que não te conhecem pessoalmente mas estou certa que és uma pessoa muito querida pelos teus amigos e muito bonita exterior e interiormente.
Fica bem Linda. Beijinhos.

Patricia disse...

obrigada...
tens sido sempre tao querida nos teus comentarios!
ja te adicionei no msn, mas... nao sei se ja aceitaste ou nao... nc te vejo on! :P
gostava mto de falar mais ctg! beijinhos **