domingo, 4 de novembro de 2007

Atropelamento mortal no Terreiro Do Paço...

Vítimas tinham saído da estação do Cais do Sodré. Foram colhidas na passadeira frente ao Ministério das Finanças. Testemunhas dizem que condutora ignorou semáforo vermelho e ia em excesso de velocidade. Há ainda um ferido em estado grave, que foi operado durante quatro horas. Automobilista irá aguardar em liberdade.

In: Portugal Diário

É de conhecimento geral a falta de civismo dos portugueses na estrada. Digo, na estrada, porque estou a falar de um atropelamento mas, infelizmente, não é só nas estradas que isso se reflecte. É algo que se reflecte em diversas situações, porém, na minha opinião, é na estrada que melhor se vê retratada essa falta de valores e princípios para com os outros. O que a pessoa é, na condução o mostra.
Quem anda de carro, todos os dias, sabe do que falo.
Existem umas e outras expressões caricatas que todos ouvimos, frequentemente, quando surge um acidente de mais ou de menos gravidade, servindo para aliviar o stress e a ansiedade de quem se vê envolvido, menosprezando a situação, tais como: "Só acontece a quem anda na estrada...". Nesta situação e em situações como estas a que, todos os dias, assistimos num ou noutro telejornal, a revolta obriga-me a modificar a frase dizendo que não acontece a quem anda na estrada, acontece a quem não sabe viver em sociedade, a quem não sabe respeitar regras e limites, a quem não merece ter sido passada uma carta de condução. Infelizmente, são poucos os acidentes que ocorrem sem que exista um ou mais indivíduos que, não tendo qualquer culpa, se vêm envolvidos na cena, muitos deles acabando por pagar com a própria vida uma quantia com sabor amargo e injusto. Foi o caso das duas mulheres que, atravessavam a passadeira no momento em que, foram colhidas por um automóvel cuja condutora, por distracção, excesso de álcool, sabe Deus o quê, não parou no sinal vermelho. Estas pessoas estavam na estrada, não se sabe quais os valores e princípios que teriam, mas para elas é que "só acontece a quem anda na estrada...". Não podemos ficar sentados no sofá de nossa casa, a ver televisão, enquanto o mundo lá fora vai girando. De qualquer forma, pode cair-nos o candeeiro em cima, quando menos esperamos.
Situações como estas deveriam servir para cada um de nós reflectir sobre a vida e sobre o que andamos a fazer uns aos outros, mas mais uma vez será em vão...
Ainda acredito mais que, de nada servem os erros dos outros, quando não vejo Justiça alguma a actuar.
Isto realmente revolta-me.

A condutora, de 35 anos, vai aguardar em liberdade, não sendo para já presente a qualquer juíz, uma vez que ainda não se sabe o resultado das análises que fez ao sangue.

São necessários resultados de análises para prender uma pessoa que desrespeitou o código da estrada, matando duas pessoas inocentes. Se derem negativas esta senhora vai continuar na estrada a matar mais gente?
É em momentos como estes que me apetece dizer: Parem o mundo, eu quero descer.

3 comentários:

Anónimo disse...

as leis pretendem defender uma sociedade livre, mas elas são aqui feitas pelos homens - que ainda não atingiram estado de liberdade! é uma história triste e polémica mas é do nosso Tempo, tão imperfeito ainda.

gaivota disse...

Sabes, é mesmo assim! Andam assassinos à solta, de todos os níveis! É uma revolta, uma situação perfeitamente inexplicável.
O excesso de velocidade é mais que evidente, só por isso devia ter ficado detida...
A terceira vítima já faleceu.
Eu já passei por uma situação idêntica, sei bem o que sinto!
Se os familiares das vítimas forem para tribunal, poderfá ficar detida!

Anónimo disse...

Infelizmente é assim, n devia ser mas é.
Gostei especialmente da última frase: Parem o mundo, q eu quero descer (vai ja pó nick xD), apetecer dzer isso tantas vezes.. parece q anda td parvo lol*

bjiiiiinho*