segunda-feira, 28 de julho de 2008

A ti eu sei que posso contar tudo o que vai dentro de mim. Sei que não me vais julgar nem fazer juízos errados. Sei que me conheces melhor do que eu a mim própria e sei que tens algo que mais ninguém tem... Sabes ouvir-me.
Aqui sentadas, onde tantas vezes libertei as minhas mágoas sozinha, vejo-te olhares-me com aquele olhar de sempre que me acalma o coração e me faz ter a certeza de que jamais encontrarei alguém que me entenda tão bem. As palavras vão-se soltando, como se jamais precisasse do pensamento para as fazer fluir. Não penso, nunca penso no que digo, quando o objectivo é abrir a porta para afastar a dor, tu também sabes isso e deixas que continue, desvairada e revolta numa manifestação de sentimentos controversos que fazem do meu mundo o que ele é... um vasto de sentimentos e situações boas, más, assim-assim, aprendizagens constantes e personalidades diferentes que tudo misturado dá o que vês diante dos teus olhos. Aqui, na tua frente, estou eu e tudo aquilo que faz parte de mim. Não finjo, não sorrio para parecer bem, aqui e agora sou eu mesma... Sem disfarces ou qualquer tipo de complexos. Para ti não consigo deixar de ser, tu sabes sempre o que sinto ainda que, lá no fundo, me entendas por querer sorrir ao invés de chorar, rir ao invés de me isolar, sair ao invés de me fechar.
Ainda que tudo o que queira seja parecer saudável aos olhos de quem me observa atentamente, contigo eu sei que posso despir-me do que me faz mal e refugiar-me no teu aconchego que me dá sempre forças, para abrir a janela, pela manhã e acreditar no sol que, lá fora, pinta no céu as cores da vida.
By: Patrícia

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