domingo, 21 de janeiro de 2007

Sonhos de Incertezas II

Ela sentia-se inquieta. O seu estômago doía e havia qualquer coisa, no seu estado de espírito, que a impedia de estar em paz consigo mesma.
Precisava bastante de falar, de soltar tudo o que estava a sentir, sem que alguém a recriminasse e lhe dissesse que estava a ser parva. Isso já ela sabia, sem que ninguém precisasse de lhe dizer.
Neste momento queria apenas soltar as suas mágoas. Soltar o que o seu coração lhe dizia.
- E será que ele está correcto? - Pensava ela, em voz alta, como se esperasse obter uma resposta vinda de algum lado.
É claro que todas as dúvidas a perturbavam ainda mais, mas havia algo do qual não tinha a mínima dúvida. Ela sabia-o melhor que ninguém, mas guardava só pra si.
Não queria sofrer, de novo, como se tudo o que passou não tivesse servido de nada.
Não. Mais uma vez não. O seu coração não aguentaria.
Restava-lhe o tempo...
Ele havia de a ajudar a perceber tudo melhor.
Ela sabia que esse não era o desejo do seu coração, mas ele ía ter de aguentar. Ela era extremamente insegura para o fazer dar um passo, por menor que fosse.

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