quarta-feira, 2 de maio de 2007

O Tempo

Está a chover e a calma que faz lá fora é idêntica ao desasossego que reina aqui dentro. Por um instante ou outro abro a janela para que as gotas de chuva entrem aos pedacinhos e talvez, quem sabe, me tragam a tranquilidade que preciso.
Ambos sabemos que o nosso tempo é de sol, calor, céus estrelados, nuvens em forma de flor e não de chuva, de pisos molhados, de tempestades em copos de água que tentamos evitar com todas as nossas forças e ainda assim acabam por cair levando todo, ou quase todo, do pouco controlo que ainda resiste em nós.
Tu sabes tal como eu que o nosso tempo é de paz, de flores, do chilrear dos pássaros, das borboletas a esvoaçarem mesmo á nossa frente, de mar, de Sol. Sabes que este tempo trás-nos a melancolia de passados não muito risonhos em que a cama e a mesa de cabeçeira com uma ou duas garrafas de água, era a nossa principal companhia já que a nenhum de nós cabia essa árdua tarefa.
Sabes que preciso do sol, do tempo quente, das manchas bronzeadas na pele, da marca dos biquinis e dos óculos de sol, da areia a escaldar-me os pés, de ti, para esquecer que um dia existiu passado, em nós.

4 comentários:

Rαquεl disse...

obrigada pelo comentário :) é assim, às vezes dá-me para o sentimentalismo hehe
jinhux**

João Cordeiro disse...

Lindo.... e melancólico.


Beijo sonhador

Unknown disse...

A chuva faz-nos pensar nao e verdade!!! gostei...

e gostei do novo nm do blog

Anónimo disse...

De facto a luz do sol dá-nos uma energia quase por magia. E a força para continuarmos. Beijos