terça-feira, 5 de junho de 2007

Não digas...

Não digas que não devo, que é errado, que é crime, que é mau, absurdo e completamente descabido. Não digas que estou enganada, que não pode ser, que não acreditas em mim, que não passa de uma fase, de um sonho, de uma ilusão presa á realidade.
Não digas que estou a ficar senil, doente e que isto vai passar. Não digas que sou patética, que preciso de dormir, que o que sinto não tem qualquer significado.
Não digas nada... nem um sussurro, nem uma frase.
Deixa-me apenas sentir o silêncio das tuas palavras nos meus ouvidos, a suavidade do teu toque no meu corpo, o som de um sentimento, o desejo de um beijo, a magia de um coração que chama por outro.
Deixa-me sentir tudo isto, ainda que não deva, que seja errado, crime, mau, absurdo e completamente descabido. Deixa-me sentir ainda que pareça ilusão, sonho, engano. De tudo isso depende uma parte do meu sorriso.

1 comentário:

Tiago Ramos disse...

Gostei muito do texto. Sentido...