terça-feira, 10 de julho de 2007

Grande Verdade...

Se eu tivesse de contar hoje a minha vida a alguém, poderia fazê-lo de tal maneira que me achariam uma mulher independente, corajosa e feliz. Nada disso: estou proibida de mencionar a única palavra que é muito mais importante do que os onze minutos - amor.
Durante toda a minha vida, entendi o amor como uma espécie de escravidão consentida. É mentira: a liberdade só existe quando ele está presente. Quem se entrega totalmente, quem se sente livre, ama plenamente.
E quem ama plenamente, sente-se livre.
Por causa disso, apesar de tudo o que posso viver, fazer, descobrir, nada faz sentido. Espero que este tempo passe depressa, para que eu possa voltar á busca de mim mesma - sob a forma de um homem que me entenda, que não me faça sofrer.
Mas que disparate é este de que falo? No amor, ninguém pode magoar ninguém; cada um de nós é responsável por aquilo que sente, e não podemos culpar o outro por isso.
Já me senti ferida quando perdi os homens por que me apaixonei. Hoje estou convencida de que ninguém perde ninguém, porque ninguém possui ninguém.
Essa é a verdadeira essência da liberdade: ter a coisa mais importante do mundo, sem a possuir.


Onze minutos
by Paulo Coelho

1 comentário:

Tiago Ramos disse...

Gostei do excerto!

OLha lá, já que escreves tanto sobre o amor, participa lá em www.oamorexpressivo.blogspot.com, por favor!