domingo, 2 de setembro de 2007

Ás vezes...

Gostava de subir ao céu e por lá ficar...
Descer só quando me sentisse melhor.

Não dizer a ninguém o que sinto
Só ficar...

Trancar os meus pensamentos, os meus medos, as minhas angústias
Não ter qualquer acesso.

Ficar em paz comigo mesma e em silêncio...
Com a companhia das estrelas
Deixar o tempo passar.




Fechaste as portas do teu mundo
Na esperança de ele se encontrar
Vais contando o tempo quase ao segundo
Parece não querer passar

Fazes de conta que está tudo bem
E andas às voltas quando estás a sós
Gritos mudos que só tu entendes
No profundo silêncio que é a tua voz

Não precisas de te esconder
Ninguém vai encontrar
O que está escrito na tua pele
Só tu para o decifrar

Qual o teu traço a pincel
A história da tua vida
Escrita, sentida, tatuada na pele
Quem lá escreveu
Com a tua permissão
Nem sequer, nem sequer percebeu
E perdeu a folha pele
Por entre as mãos

Qual o teu traço a pincel
A história da tua vida
Escrita, sentida, tatuada na pele
Quem lá, quem lá escreveu
Com a tua permissão
Nem sequer, nem sequer percebeu
E perdeu a folha pele
Por entre as mãos.


Pele
- Pólo Norte


ás vezes, quando pensamos que somos os únicos no mundo que nos sentimos assim, aparecem músicas que nos provam o contrário.

3 comentários:

Lenin aka JR disse...

Acredita que não és a única a sentir-te assim. Se é que isso ajuda em alguma coisa.

Às vezes apetece pousar numa nuvem e ficar por lá até que tudo se resolva, até que todos os problemas desapareçam.

Também gosto muito dessa música. Apesar de me lembrar de coisas que preferia que ficassem esquecidas...

Beijo
João

Patricia disse...

Dizem que fugir não resolve nada. Pois não. Mas sabe tão, tão bem... que, ás vezes, apetece largar tudo e ir pra longe até que tudo fique mais calmo.

Joana disse...

concordo que por vezes é bem melhor fugir do que enfrentar o mundo lá fora que parece estar de pernas para o ar.. lembras-te do meu texto do paraíso? ora, eu estava lá e não queria de lá sair tão depressa. não só pelas pessoas e pelos momentos, mas também porque lá não tinha de enfrentar o tal mundo lá fora. queria a todo o custo adiar a viagem de volta porque sabia que aqui tinha mesmo de o enfrentar. mas não podemos lutar contra o tempo nem mesmo contra esse mundo. é uma questão de nos juntarmos a ele, sem nunca, nunca largarmos a mão de quem nos leva até à nuvem sempre que precisamos, e quem nos faz companhia, mesmo no silêncio.